A Matriarca do Caminho
"Nesse dia também , o Arcano 3 – A Imperatriz - sorriria com a minha chegada neste plano e me daria bênçãos e missão, coisa que só bem mais tarde eu descobriria, e levo a vida a desvendar, luz e mistério em minha jornada "
Nivia Peggion
Maga e Matriarca do Caminho da Imperatriz
Sou Nivia Peggion, paulistana, nascida em julho de 1966, em
meio a uma copa do mundo na Inglaterra, uma revolução
cultural na China, a vitória de uma indiana no concurso de
Miss Mundo, ano no qual Roberto Marinho comprava a TV
Paulista e batizava-a de Rede Globo de Televisão, Castelo
Branco criava o INSS e o FGTS, The Oscar goes to the movie
“A Noviça Rebelde”, as saias femininas passavam a ter um
palmo abaixo das coxas e muitos acima dos joelhos e nas
paradas de sucesso tocava “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”.
Nesse ambiente, a garantia de ser impressa em minha alma a
sina de transgressora fora inevitável.
No céu, ascendia o signo de Sagitário, com o seu regente,
Júpiter, de mãos dadas com um Sol em Câncer na casa de
Escorpião, tudo acontecendo enquanto a Lua da regra em
Capricórnio tentava conter uma Vênus poderosa em Gêmeos.
Nesse dia também, o Arcano 3 – A Imperatriz - sorriria com a
minha chegada neste plano e me daria bênçãos e missão,
coisa que só bem mais tarde eu descobriria, e levo a vida a
desvendar, luz e mistério em minha jornada.
O meu primeiro contato consciente, talvez nem tanto, com os
fenômenos da espiritualidade se deu aos 17 anos, quando
“apaguei” por um par de horas e ao voltar a mim, o meu
então amigo, hoje cunhado, me informou “Você incorporou
um espírito”.
Daquele momento em diante busquei as respostas. Primeiro
nas religiões: Umbanda, Catolicismo, Budismo e
paralelamente na magia e estudos das coisas extraordinárias,
astrologia, numerologia, cabala, tarot...
Muitas andanças, diversas aulas, algumas dores e um
mundo de saberes e de encantos. Respostas? Algumas.
Perguntas? Inúmeras.
Seguia ao mesmo tempo a minha formação acadêmica e
investimento numa carreira regular.
Bacharelada em
Comunicação e especializada em Artes Gráficas e Visuais,
galgava degraus em uma multinacional como assessora de marketing e, posteriormente, como produtora em agências de
propaganda de renome. Fazia dinheiro, construía o meu
apartamento, casava-me.
Certo dia, em meio a todo o falso glamour que me rodeava e
impactada pelas revelações que a vida espiritual me oferecia,
me fiz a grande pergunta: Qual é a minha verdadeira vontade
e utilidade neste mundo?
Desliguei-me da empresa e, no final da década de 80, em
uma sala conjunta ao salão de cabeleireiro de um grande
amigo, montei um consultório de atendimento com Tarot.
Durante 5 anos, no maravilhoso boom esotérico da década de
90, fiz centenas de consultas, alguns cursos e diversas
atividades relacionadas ao assunto.
De cartomante a Wiccana foi um pulo e na sequência, em
1997, tive a minha grande crise de fé, diante de um tombo,
desses que a vida dá. Joguei tudo para o alto e concluí: Deus
não existe. Nada disso é real e o que me resta é viver o
mundano.
Vivi 3 anos em um limbo, alimentando um cinismo visceral e
um amargor que me cobria a alma. Hoje o entendo como a
minha grande travessia.
Em 2000, dois grandes presentes mudariam a minha vida
para sempre. Tornei-me mãe e encontrei o meu Mestre
encarnado, por quem fui iniciada em uma ordem mágica cuja
matriz era exatamente, o Tarot.
Segui os seus ensinamentos e os seus passos como a criança
ressurgida que se admira de tudo. Entreguei-me
completamente ao tarot e, generosamente, o tarot
correspondeu a esse amor.
Desde o primeiro encontro, há 36 anos, até o momento em
que escrevo este texto, a nossa relação apenas ganhou cor,
volume e dimensão. Impossível separar a minha vida da
verdade arcânica, pois é ela que me sustenta, ampara e
traduz.
Minha retribuição? Levar esse conhecimento arcânico a todos
os que a vida me apresentar e dignificar essa divina arte,
cumprindo, assim, a minha verdadeira vontade.
Só me resta, a todo tempo, dar graças à vida!
Esta sou eu, este é o meu tesouro e este é o meu testamento